terça-feira, 6 de agosto de 2013

" Isso vai sem eu dizer..." *





Se o incerto também nos guia, outras vezes, tudo que precisamos é de certezas. Certezas que não se mostram, que amedrontam quando a gente se pergunta os melefícios de se acreditar no incerto. Logo eu, que nunca fiz planos, que sempre deixo a vida acontecer, me pego de olhos fechados vislumbrando o que pode não ser, em seguida me chamo a realidade que nada me diz. De onde vem essa inconsequência de acreditar nas promessas que nunca me foram feitas, de acreditar no que diz o invisível, na brincadeira que inocentemente se levou tão a sério, no que diz a voz que sequer ouvi. E quando tudo se coincide, quando a vida toma o rumo que se afasta e se aproxima, na mesma velocidade, de tudo aquilo que fechamos os olhos e pedimos em oração?
Inconsequência pode ser a única resposta quando olho ao redor e vejo as cenas que tanto temo se repetindo insistentemente.

"...Como uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer (...) O que eu ganho, o que eu perco, ninguém precisa saber..." - Lulu Santos *

1 comentários:

Lu disse...

Ai, Lí!

Certezas... a gente poucas ao longo do caminho, né? As vezes penso que escolher é quase como dar um tiro no escuro e ter que se "virar nos 30" para o alvo ñ ser a gente mesmo. Mas, vai ver que o que precisamos está exatamente ai, na simples ação de decidir sobre qual porta iremos abrir, não sei... Adorei teu texto! Perfeito, como sempre!