Pra encerrar, precisa-se recomeçar:
Me lembro com clareza de detalhes da primeira vez: Os corredores coloridos despertavam nossos olhares curiosos: Quantos deles haveriam escondidos por ali? Quantas cores mais? O exterior parecia planejado para acalmar os corações assustados: cercado de verde com pequenos lagos onde carpas coloridas nadavam ao som suave da água corrente: O campus de fato despertava cada vez mais curiosidades e encantamento.
E mais, quem eram aquelas pessoas? De que maneira entrariam na minha vida à partir daquele instante? Observava a sala lotada na tentativa imagina-las habitando meus dias nos próximos anos; pra mim diferente, intrigante...
E tudo deu inicio com as manhãs se abrindo com um ensolarado timído, e passáros a despertar com o suave cantar que se mesclavam com novas vozes, diferentes caminhar...
E as surpresas, os primeiros choques de realidade, vieram logo depois quebrando as primeiras, mas não falsas, impressões: Era pra valer, e todas estávamos lá por um objetivo inicialmente claro mas que viria a ser questionado mais tarde e junto a isso um dos maiores aprendizados que tive na vida: Não se caminha sem paixão.
Havia deixado pra trás meu porto seguro porque lá já tinha tudo, talvez precisasse de outro lugar para encontrar mais, para encontrar a parte de mim que não se escondia ali.
E o que encontrei de fato me completou, me transformou, me fez crescer e me reconhecer, para hoje saber que não poderia ser em outro lugar, outro ano, outras pessoas...
Essas, que inicialmente intrigantes, foram invadindo o espaço, dividindo sorrisos, até tudo se misturar, deliciosamente se confundir: amigos que enriqueceram minha alma, os únicos capazes de entender o paradoxo do quão difícil e lindos foram todos esses anos.
Amigos que me pegaram pelas mãos e me ensinaram a caminhar em outra calçada, amigos que não pensei, que não esperei, mas que vieram de braços e coração abertos prontos para acolher, prontos para viver comigo todo o sonho e realidade.
E caminhamos na mesma direção até chegarmos ao fim do caminho, o fim que tantas vezes evitei.
E os últimos instantes se memorizam e se eternizam como os primeiros, aqueles mesmos risos, agora já tão conhecidos e adorados. Risos que se mesclavam com lágrimas que se seguravam para não cair, lágrimas de agradecimento. E o mesmo encanto, não mais pelo lugar que se tornou nossa "casa" por tantos anos, mas pelo que construímos, como pessoas, como profissionais, como amigos. Pela verdade que encontramos, pelos sonhos que não deixamos de sonhar, e que agora se transitarão por outro lugar...
Obrigada à todos esses, por me proporcionarem os melhores anos da vida...
"Estrada pra fazer o sonho acontecer...."
Valeu a pena, valeu demais.
1 comentários:
Lí!!
Que boa notícia a da tua volta! Sou fã assumida dos teus textos, você sabe, não? :))
Quanto ao blogger, você se adapta rapidinho. É melhor que o do uol, acho.
Beijooos!
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